O consumo de bebidas alcoólicas pode prejudicar sim a amamentação, dependendo de o quanto e quando se bebe. Os níveis de álcool no sangue e no leite geralmente ficam alterados mais de uma a uma hora e meia depois do último drinque, embora esse tempo (assim como o tempo que leva para o álcool se dissipar do sangue) varie de pessoa para pessoa.
Assim como acontecia na gravidez, a ciência não tem como estabelecer níveis seguros para a ingestão de álcool das mães que amamentam, mas já sabe que quanto mais se bebe mais tempo leva para o álcool ser eliminado do corpo.
Muitos especialistas recomendam que o mais cauteloso é a mulher cortar de vez as bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas (de maior teor alcoólico), como pinga, vodca, uísque etc., e em especial se o bebê ainda só mamar no peito.
Um gole de cerveja ou vinho de vez em quando não parece fazer mal ao bebê ou interferir na produção do leite a longo prazo. Pesquisas já mostraram, no entanto, que o álcool afeta a fome e o sono dos bebês. Durante as quatro seguintes que uma mãe que amamenta toma um copo de vinho ou uma lata de cerveja, por exemplo, seu bebê ingere 23 por cento menos leite materno.
Grande consumo de álcool também pode deixar o bebê mole ou sonolento (porém com sono leve), algo que interfere em sua capacidade de sucção. Nos bebês que sofrem de refluxo, pode aumentar o risco de regurgitação.
Outra consequência da bebida, mesmo em doses moderadas, é que ela pode atrapalhar a "descida" do leite materno. Já as doses maiores podem fazer com que a mãe não consiga cuidar direito do próprio filho.
Existe ainda um estudo que aponta que crianças expostas regularmente ao álcool através da amamentação nos primeiros três meses de vida têm uma leve, mas significativa, demora no desenvolvimento motor. Outras pesquisas não confirmaram ainda tal efeito.
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